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voltarRH, você sabe desenvolver o senso de dono nos colaboradores?
Qualquer pessoa pode desenvolver o senso de dono, especialmente no sentido de ter agilidade e rapidez no processo de tomada de decisão
Sobrevivência. É esse o sentimento que define a realidade das empresas em conseguirem se desenvolver frente à escassez de mão de obra – principalmente, por parte das novas gerações, que não demonstram o comprometimento em atividades que considerem fora das suas aspirações profissionais. Tal fato ressalta a importância de as organizações buscarem, cada vez mais, por estratégias que virem esse jogo, como investir no treinamento da equipe para desenvolver o senso de dono.
Contar com o time que já está em campo é, sem dúvidas, uma belíssima jogada para as companhias que tentam driblar o cenário atual. E, por isso, o senso de dono é um dos pontos a serem considerados no planejamento estratégico. Afinal, trata-se da ação de despertar no profissional o cuidado e comprometimento das suas funções levando em conta todas as pessoas que fazem parte da empresa.
Em contrapartida, ter a mentalidade de dono ressalta outras prioridades que ultrapassam a necessidade de bater metas, reforçando a sensibilidade de olhar e identificar instantaneamente o que precisa ser feito ou melhorado. Constituindo, de fato, uma relação de cuidado pela instituição e seus ativos como um todo.
Obviamente, para que esse profissional tenha intrínseco esse sentimento de paixão pela sua empresa, é necessário seguir alguns passos para que seja despertado o senso de dono de maneira satisfatória.
# 1 Desenvolver competências: Aqueles que serão inseridos nesse processo precisam passar por uma capacitação para adquirirem uma visão abrangente do negócio. Esse treinamento é fundamental para ajudá-los a identificar quando algo precisa ser feito e qual o caminho certo a ser seguido.
# 2 Fazer a gestão do tempo: A capacitação ocorre simultaneamente à execução de outras tarefas. Assim, é necessário gerenciar o tempo, de modo que seja conciliado o período de trabalho para dar a devida atenção às demais áreas da empresa.
# 3 Fortalecer a interação social: Se preocupar com as pessoas é a peça-chave no desenvolvimento do senso de dono. Ter essa empatia configura em entender e priorizar processos obrigatórios, como dar feedbacks – que precisam ser vistos como um ato de amor e não como algo já padronizado.
# 4 Estudar o mercado: É crucial entender o mercado de atuação da empresa, bem como saber quem são os concorrentes e quais impactos sociais são causados. Isso ajuda a identificar as competências que precisam ser desenvolvidas para que, de fato, haja uma ação efetiva naquilo que precisa ser feito.
# 5 Conhecer os números da empresa. Durante o processo de desenvolvimento e treinamento, o profissional precisa não somente conhecer o faturamento, mas também os números da empresa. Afinal, a partir disso terá o conhecimento pleno acerca das dificuldades e desafios para exercer a gestão empresarial com maior propriedade.
A aplicação de todos esses critérios inseridos no despertar do senso de dono, certamente, resulta no ato de se apaixonar pela corporação e estar disposto a investir em melhorias que tragam resultados promissores. E, embora essa tendência não precise chegar necessariamente ao nível de paixão para todos, ela pode atingir o sentimento de responsabilidade de ver quando algo precisa ser aprimorado.
Qualquer pessoa pode desenvolver o senso de dono, especialmente no sentido de ter agilidade e rapidez no processo de tomada de decisão. Isso porque o conceito deixa implícito três critérios que são fundamentais para sua aplicação na prática, que levam em conta como as suas ações impactam a vidas das pessoas, o ambiente de trabalho e como vão trazer resultados positivos de crescimento.
Por essa razão, é importante deixar claro que o senso de dono é algo que demanda um desenvolvimento contínuo. Até porque, de nada adianta ter intrínseco o entendimento do que é, se não tem desenvolvidas as competências e habilidades para estar à frente de tais ações. Desta forma, cabe ressaltar a importância da participação das empresas nesse processo, afinal, são as que mais têm a ganhar com essa modalidade de qualificação de líderes.
Pollyana Guimarães é idealizadora da Evoluzi, empresa de curadoria de treinamentos corporativos.