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voltarMercado amplia melhora das expectativas para o Produto Interno Bruto nominal em 2024 e 2025
Prisma Fiscal de janeiro, divulgado nesta segunda-feira (15/11) pela Secretaria de Política Econômica, também revela melhores projeções para receita líquida e dívida bruta
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda (MF) divulgou nesta segunda-feira (15/11) o Relatório do Prisma Fiscal de janeiro, edição que traz os resultados da primeira coleta de dados realizada este ano. O material revela melhora das perspectivas de mercado em relação ao comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) nominal, da receita líquida do Governo Central e da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) em 2024 e 2025. Também melhorou a estimativa em relação ao resultado primário do Governo Central para este ano.
Para 2024, a mais recente estimativa de mercado para a receita líquida do Governo Central aponta para resultado de R$ 2,083 trilhões no ano (ante R$ 2,077 trilhões, em dezembro). Em relação ao resultado primário, a atual projeção aponta para déficit de R$ 86,143 bilhões no ano (frente R$ 90 bilhões, no mês anterior). Para a DBGG, a estimativa agora sinaliza para 78,10% do PIB no período (ante 78,80% em dezembro). Em relação ao PIB nominal, a mais recente projeção aponta para R$ 11,475 trilhões neste ano (diante de R$ 11,347 trilhões, em dezembro). Foi mantida expectativa de variação de 3,82% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para 2024.
Já para os resultados de 2025, a mais recente estimativa de mercado aponta para receita líquida de R$ 2,213 trilhões no período (ante R$ 2,211 trilhões, em dezembro). A projeção para a DBGG do ano que vem também foi realinhada: caiu de 81,20% do PIB (dezembro) para 80,10% do PIB (janeiro). Também melhorou a projeção para o PIB nominal de 2025, que agora é estimado em R$ 12,112 trilhões (ante R$ 12,043 trilhões, em dezembro). Todos esses valores e índices consideram a mediana das estimativas apresentadas pelos agentes de mercado, dados que subsidiam a elaboração do Prisma Fiscal.
Acesse a edição de janeiro do Relatório do Prisma Fiscal
Por outro lado, o mercado revisou para baixo expectativas em relação a outros indicadores, tanto para 2024 como para 2025.Houve piora das estimativas para 2024 relativas à arrecadação das receitas federais: queda de R$ 2,534 trilhões, em dezembro; para R$ 2,532 trilhões, em janeiro. Foi ampliada a expectativa de despesa total do Governo Central para este ano (saindo de R$ 2,167 trilhões, em dezembro; para R$ 2,174 trilhões, em janeiro). Também houve revisão da projeção de resultado nominal de 2024: a estimativa de déficit saiu de R$ 625,642 bilhões, em dezembro; para R$ 636,036 bilhões negativos, em janeiro.
Para 2025, o mercado revisou a estimativa de déficit primário de R$ 78,149 bilhões (dezembro) para R$ 82,759 bilhões (janeiro). A projeção de resultado nominal, para o próximo ano, passou de uma expectativa de déficit de R$ 580,412 bilhões (dezembro) para R$ 594,143 bilhões (janeiro).
Curto prazo
O Prisma Fiscal também traz previsões mensais de curto prazo, referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março. O material mostra, entre outros pontos, que para este mês, a arrecadação das receitas federais é projetada pelo mercado em R$ 262,813 bilhões; a receita líquida é estimada em R$ 225,835 bilhões e a despesa total, em R$ 157,445 bilhões. Há expectativa por superávit primário do Governo Central de R$ 69,763 bilhões para o primeiro mês de 2024, com resultado nominal positivo em R$ 17,866 bilhões no período.
O Prisma Fiscal
O Prisma Fiscal é o sistema de coleta de expectativas de mercado elaborado e gerido pela SPE para acompanhamento da evolução das principais variáveis fiscais brasileiras do ponto de vista de analistas do setor privado. Esse sistema apura, ainda, variáveis auxiliares de atividade econômica, nível geral de preços e mercado de trabalho, itens que geram impactos nas contas públicas e na política fiscal em geral. O relatório do Prisma Fiscal reúne estatísticas das previsões consolidadas das instituições (mediana, média, desvio padrão, mínimo e máximo).
As projeções mensais do relatório — janeiro, fevereiro e março, nesta mais recente edição — revelam as expectativas de mercado para arrecadação das receitas federais; receita líquida, despesa total, resultado primário e resultado nominal do Governo Central; INPC; taxa de desemprego e população ocupada.
Já no que diz respeito às projeções anuais, o relatório apresenta as previsões relativas a 2024 e 2025 para arrecadação das receitas federais; receita líquida, despesa total, resultado primário e resultado nominal do Governo Central; DBGG, deflator, PIB nominal e INPC.